Resposta aos ataques do cronista e crítico Cardinal

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Capítulo 11 – FRUSTRAÇÕES e MESTRES FRUSTRADOS

Na ENTRADA LIVRE 69 (Qui Jan 28, 2010 10:13 am), supracitada no Capítulo 9, o CCC usou as expressões «descarregam as suas frustrações» (sic) e «São mestres frustrados» (sic), para me visar. É tempo de voltar a elas.

É caso para dizer que, com tais expressões, o CCC acertou na “mouche”. Analisemos premissas e conclusões do meu percurso como mestre do meu filho (único instruendo que tive, de forma regular, ao longo de vários anos).

Nas premissas estão os esforços que fiz na orientação do meu filho, a saber:
- Meti-lhe, desde muito cedo, o “bichinho” do ilusionismo;
- Levei-o desde muito novo (6 anos) a fazer espectáculos comerciais;
- Fiz dele um pequeno-grande artista, que somou grande êxito na T.V.;
- Fiz dele um dos melhores da Europa, aos 6 anos de idade;
- Fiz dele, «o mais pequeno ilusionista do mundo»;
- Em meia dúzia de meses, levei-o ao patamar de um dos grandes do ilusionismo a nível internacional;
- Fiz com ele digressões nos Estados Unidos e Canadá, donde ele trouxe o apelido de «o menino que deslumbra»; e
- Eu até menti, por vezes, na respectiva idade para conseguir mais reconhecimento para o respectivo trabalho.

E qual é a conclusão?... A conclusão é que, no fim de todos esses meus esforços, ele vira as costas à magia, como praticante!

É ou não razão para me sentir um mestre totalmente frustrado? Claro que é!!!

Por momentos, os leitores ficaram com a estranha sensação de estarem a ver o filme errado. Ou então pensaram: de súbito, o Jomaguy enlouqueceu. Estejam descansados que, felizmente, não fui acometido de nenhum ataque de loucura.
O que acabaram de ler não é o filme errado. É o filme certo se restringirmos o ilusionismo a uma das suas especialidades (mentalismo) e se mudarmos os protagonistas.
Pois é, os protagonistas do filme descrito não são eu e o meu filho Helder, mas sim o IAC e o seu filho Paulo Cardinal (doravante, designado, abreviadamente, por PC)

No próximo capítulo veremos alguns dos escritos do CCC sobre o seu filho PC, que suportam o filme “O GRANDE FRUSTRADO” cujo guião atrás foi descrito.
É curioso verificar que o CCC mantém, nesses escritos, um posicionamento de observação exterior quando o próprio IAC era parte integrante do número de mentalismo que apresentava em conjunto com o PC.

Após a leitura do capítulo seguinte, todos ficarão conscientes de quem tem razões de, no âmbito do ilusionismo, se sentir um mestre frustrado.

Pela minha parte tenho plena consciência de que:
- Orientei o meu filho de forma a ele aprender a amar a arte mágica;
- Sempre evitei que ele entrasse demasiado cedo na vertigem dos espectáculos comerciais, que só lhe dariam um visão “comercialista” do ilusionismo; e
- Nunca quis fazer dele uma vedeta precoce nem nunca menti na respectiva idade, para fazer dele um prodígio.
E essa minha postura contribuiu para quê? Contribuiu para o meu filho atingir o reconhecimento da comunidade mágica internacional que hoje tem.

Será que alguém, no pleno uso das suas faculdades mentais, acha que eu poderei ser um mestre frustrado?
Só mesmo a senilidade do CCC não consegue ver o ridículo de tal afirmação.